Governo de Goiás investe em alimentação para 530 mil alunos durante a pandemia

Com a paralisação das aulas por conta do Covid-19, o Governo de Goiás, desde abril do ano passado, investiu R$ 229,2 milhões em programas voltadas à garantia da segurança nutricional dos estudantes da rede estadual de Educação. Dentre os programas estão, o Auxílio-Alimentação, a entrega dos kits e a distribuição de cartões.

Mesmo com as salas vazias, o Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp), encontrou a alternativa na criação de ações que pudessem possibilitar a aquisição de produtos que facilitassem o acesso das famílias a alimentos.

Auxílio-Alimentação

Lançado em abril de 2020, o Auxílio-Alimentação escolar beneficiou cerca de 110 mil estudantes em situação de vulnerabilidade social da rede estadual de ensino. O benefício consistia no repasse quinzenal de R$ 75 para alunos beneficiários de programas sociais. Foram repassadas ao todo sete parcelas do Auxílio-Alimentação, que entrou em vigor em Goiás em abril a julho de 2020. O investimento total foi de R$ 54.286.425,00.

Kits alimentação

Anunciado em julho do ano passado, a distribuição dos kits de alimentos foram feitos para todos os estudantes matriculados nas escolas estaduais do Estado. Adquiridos pelos conselhos escolares, os kits tinham o objetivo de suprir as necessidades nutricionais e alimentares dos estudantes durante o período em que eram feitas aulas virtuais.

Os kits eram compostos por alimentos básicos não-perecíveis (arroz, feijão, macarrão e molho de tomate) e itens de agricultura familiar, como verduras e legumes. A entrega era feita pela escola mensalmente a aulas matriculados.

Os kits foram entregues entre agosto e dezembro de 2020. Seu retorno foi em fevereiro de 2021, com a manutenção do Reanp nas escolas da rede estadual. O benefício foi mantido até junho deste ano. Foram gastos ao todo, R$ 82 milhões investidos no segundo semestre de 2020 e R$ 45 milhões no primeiro semestre de 2021.

Cartão alimentação

O cartão alimentação foi anunciado pelo governador Ronaldo Caiado em março desde ano. O benefício disponibilizava um crédito mensal de R$ 30 reais a alunos de escolas estaduais destinados a compra de alimentos.

Para o benefício, serão destinados R$ 15,9 milhões mensais durante três meses de vigência do benefício, totalizando o investimento de R$ 47 milhões. A intenção é que, com o cartão, as família possam ter mais autonomia na aquisição de alimentos, completando as refeições dos estudantes durante o período de aula virtual.

Para o governador, a medida expressa o cuidado do Governo de Goiás com o desenvolvimento dos alunos. “Tudo está ligado a uma preocupação que temos com as crianças entre os três primeiros anos de idade até a fase da adolescência”, disse. “Neste período é preciso investir na saúde e na alimentação das crianças, para que tenham um desenvolvimento capaz de acompanhar a demanda mundial de hoje, com um nível de educação cada vez mais sofisticado”, afirma.

A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, reforçou a contribuição dessa medida para garantir segurança alimentar e, também, o desenvolvimento das medidas de busca ativa escolas durante as entregas do benefício. “Provavelmente só em Goiás haja uma ação desta qualidade”, afirma.

Os cartões são entregues em todas as escolas de rede estadual de ensino desde o fim do mês de maio. Para receber o benefício, os pais ou responsáveis pelo aluno devem atualizar o cadastro junto à instituição de ensino. A retirada é feita pelo responsável legal do aluno, mediante a apresentação do documento de identificação com foto.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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