Regiões do Brasil registram alta abertura de empregos

O mercado de trabalho brasileiro registrou em maio uma abertura de 280.666 vagas com carteira assinada. Sendo assim, o saldo de contratações do ano ficou positivo em 1,233 milhão de postos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Ministério da Economia. O resultado foi comemorado pelo governo“É a economia brasileira se levantando” disse o atual ministro da Economia, Paulo Guedes. Para ele, está confirmado que a recuperação é abrangente. “O ritmo está bastante rápido.”

O resultado de maio foi impulsionado pelo departamento de serviços, que postou 110.956 empregos positivos ao longo do mês. No comércio foram criadas mais 60.480 vagas. Além disso, havia 44.146 empregos em postos na indústria, 42.526 na agricultura, e 22.611 na construção. A criação de vagas também foi disseminada entre as regiões, com resultados positivos em Sudeste (161.767), Sul (36.929), Nordeste (37.266), Norte (17.800) e Centro-Oeste (26.926).

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, avaliou que a geração de empregos formais “certamente” eleva também a geração de empregos informais, “que estão gravitando em torno do setor formal”. Ele destacou que novas medidas voltadas ao mercado de trabalho estão sendo desenhadas, além de ações estruturais em andamento. Sobre o bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e de Incentivo à Qualificação (BIQ), que são a nova política para empregar 2 milhões de jovens, disse que há recursos, mas falta definir detalhes operacionais e obter o sinal verde do presidente Jair Bolsonaro para o lançamento.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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