Polícia apresenta imagens do disparo feito por segurança em caminhoneiro

A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (08) as imagens que mostram o momento do disparo feito pelo segurança Eriston Siqueira Silva, que fazia a escolta do advogado Djalma Rezende, contra um caminhoneiro, na Avenida Jamel Cecílio, no último dia 2, em Goiânia. No vídeo, os veículos aparecem lado a lado no trânsito quando acontece o disparo, que atingiu de raspão o motorista, Junio Barbosa.

Para o delegado Alessandro Tadeu de Carvalho Lopes, não há justificativa para que o segurança efetuasse o disparo. “O segurança não agiu em defesa do advogado”, disse. O caso é tratado como uma tentativa de homicídio por desavença no trânsito. “Contra fatos, não há argumentos. O segurança atirou assumindo o riso de matar”, acrescentou o delegado. A polícia ainda vai ouvir o segurança que atirou contra o caminhão e também o advogado Djalma Rezende.

No dia do fato, o automóvel era escoltado por duas motos. Depois que o veículo do advogado passou, uma das motocicletas se aproxima da cabine do caminhão, o piloto saca a arma e faz um disparo. A Polícia Civil vai continuar procurando novas imagens para identificar se, em algum momento, houve alguma atitude imprudente por parte do caminhoneiro.

Fonte: Goiás Agora

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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