Michelle Bolsonaro faz campanha e arrecada apenas 148 agasalhos

A campanha de arrecadações de agasalhos promovida pela primeira dama, Michelle Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, arrecadou 148 agasalhos durante a campanha. A informação foi publicada no perfil oficial do Ministério da Economia e internautas questionaram a necessidade da divulgação por conta do baixo número arrecadado.

De acordo com o Ministério da Economia, o número se diz a respeito de doações voluntárias de servidores do ministério, grande parte trabalha em método remoto por causa da pandemia.

O resultado da campanha acabou virando piada nas redes sociais:

“148 itens? Um mês de rachadinha da família Bolsonaro compra milhares de vezes isso daí”, escreveu o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ).

“Qualquer organização social arrecada bem mais do que isso em 24hs. E tá fazendo muito mais do que isso sem verba pública. Publicar isso como se fosse um grande feito é até vergonhoso”.

”148? Eu teria vergonha de divulgar isso. Um cheque da Micheque compra mais coisa que isso.” comentou outro internauta.

A divulgação aconteceu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela maioria dos votos em arquivas o pedido de investigação sobre os cheques depositados na conta de Michelle Bolsonaro pelo ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Segundo extratos bancários, pelo menos 21 cheques foram depositados na conta da primeira-dama entre 2012-2016.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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