O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto após um ataque à residência oficial, na capital Porto Príncipe, na madrugada desta quarta-feira (7). O anuncio foi feito pelo primeiro-ministro do país, Claude Joseph.
A primeira-dama, Martine Moise, levou um tiro, mas ainda não se sabe o estado de saúde dela.
Em um comunicado, Joseph afirmou que “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o Chefe de Estado
O primeiro-ministro pediu que à população fique calma e afirmou que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.
Haiti é a nação mais pobre das Américas, com um longo histórico de ditadura e golpes de Estado. Com 11,4 milhões de habitantes, o país faz fronteira com a República Dominicana em uma ilha do Caribe e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo.
Crise Política
O país se afundou em mais uma crise política em fevereiro desde ano. As autoridades disseram ter frustrado uma ”tentativa de golpe” de Estado contra o presidente, que teria sido alvo de um atentado mal sucedido.
Mais de 20 pessoas foram presas na ocasião. Entre elas, o juiz federal do Tribunal de Cassação e um inspetora geral da Polícia Nacional.
O país é governado por Moise sem controle legislativo desde o ano passado. Ele dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, em uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição. Para eles, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.