Polícia investiga negligência em caso de menino morto por cães

A Polícia Civil de Rio Claro (SP) vai investigar se houve negligência no caso de um menino de 1 anos e 3 meses atacado e morto por cães, na noite de quarta-feira (7), em uma revendedora de gás no bairro Jardim Alto do Santana.

Segundo o boletim de ocorrência, o ataque aconteceu por volta de 20h40 no local que tem 4 cães de guarda, três da raça rottweiler e um pastor-alemão. Nos fundos há uma casa, onde moram uma funcionária de 26 anos e os dois filhos dela, a vítima e uma menina de 5 anos.

De acordo com informações do G1, a mulher foi atender um cliente para vender um botijão. A criança saiu atrás dela e a menina fechou a porta, quando o ataque aconteceu. A mãe tentou salvar o filho, sofreu ferimentos e conseguiu tirar os cães. Ele foi socorrido, mas não resistiu.

Câmeras de segurança registraram o momento do ataque e serão usadas para investigar o caso. O inquérito será instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para apurar possível homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

“Vamos investigar a situação antecedente, qual era o nível de acesso dessa criança, dessa mãe. Vamos fazer a perícia para definir os espaços do local, para definir os móveis e área de circulação para saber exatamente a responsabilidade penal”, disse o delegado seccional de Rio Claro, Paulo Hadich.

“Nesse caso estamos falando mais da modalidade da negligência. Se houve negligência na guarda e na cautela desses animais, que possa ter levado a esse evento tão grave. Não é aceitável a criança estar viva e estar morta no momento seguinte num ataque de animais. Essas raças são adestradas e temos que ter responsabilidade. Muita gente adquire animais para guarda sem pensar que podem resultar em acidentes, inclusive com familiar. É preciso ter responsabilidade com aquilo que temos e animal faz parte disso”, afirmou o delegado.

Se ficar comprovada negiglência, os animais podem ser retirados do local e levados para outro mais apropriado. A polícia também vai verificar se a documentação de funcionamento da revendedora está regularizada.

Ainda de acordo com o B.O., a dona dos cães e responsável pelo depósito relatou que os cães nunca tinham demonstrado agressividade com pessoas conhecidas. Dois dos rottweilers eram filhotes com oito meses.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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