”É um imbecil”, diz Bolsonaro sobre presidente do TSE

Após dizer ”caguei para a CPI”, o presidente Jair Bolsonaro atacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, depois que o magistrado fez criticas ao voto impresso. Informações são do Brasil 247.

“Só um idiota para fazer isso aí. É um imbecil. Não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse Bolsonaro a apoiadores nesta sexta-feira (9). O presidente defende que o voto através de urnas podem causar falsificação no resultado das votações. De acordo com ele, durante as votações de 2018, teria sido eleito durante o primeiro turno e não durante o segundo, como aconteceu.

Nesta terça-feira (6), Barroso disse que “O manuseio humano sempre foi o foco de todas as fraudes. A história brasileira com o voto em papel é uma história trágica” durante a palestra de abertura do “Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro & XI Jornada de Pesquisa e Extensão da Câmara dos Deputados”.

Com recorde de rejeição e com avanço das investigações da CPI da Covid, Bolsonaro também atacou senadores da Comisso Parlamentar de Inquérito depois que Omar Aziz, presidente da CPI, cobrou dele uma resposta sobre as acusações contra o deputado Luís Miranda, que denunciou corrupção na compra da vacina Covaxin.

Além disso, Bolsonaro também ameaçou dar golpe em 2022 caso a votação não seja feita de modo impresso. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, afirmou, nesta quinta, em conversa com apoiadores.

De acordo com pesquisa da Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (8), a rejeição do governo de Bolsonaro atingiu 51%, maior recorde desde o início do mandado, em 2019.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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