Caiado sanciona lei que amplia combate à violência contra mulher

O governador Ronaldo Caiado sancionou a lei que prevê a ampliação da divulgação de números de centrais para denúncias de violência contra a mulher (180) e de violações de direitos humanos (100). O projeto, que é de autoria das deputadas Adriana Accorsi e Lêda Borges, permite a divulgação permanente de placas com números do Disque Denúncia em estabelecimentos que atenda o consumidor. Esse é mais uma medida para ajudar no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

A divulgação será colocada de forma permanente em hotéis, motéis, pousadas, hospedagens, bares, restaurantes, lanchonetes, eventos, shows, estação de transporte de massa, salão de beleza, casa de massagem, sauna, academia de ginástica, mercados, feiras, shoppings de qualquer porte e demais estabelecimentos que atenda o consumidor.

As placas deverão ser colocadas em local de maior visualização de clientes ou usuários. O texto deve ter letras proporcionas às dimensões da placa, ser de fácil compreensão e ter contraste visual que possibilite visualização nítida.

Aqueles que descumprirem a lei estarão sujeitos à advertência e, em caso de reincidência, a multa pode variar de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00.

Sinal Vermelho

O Governo de Goiás também sancionou a lei que institui o protocolo do ”sinal vermelho” para mulheres vítimas de violência doméstica no Estado. Para pedir ajuda, a mulher que sofrer agressões pode desenhar um ”x” na mão, de preferência com a cor vermelha” feito com batom ou caneta, e mostrá-lo em alguma repartição pública ou estabelecimento comercial para informa que está em perigo.

Conforme a lei, além do ”x” na palma da mão, a vítima também pode se aproximar de forma discreta do indivíduo que trabalha nos locais parceiros do programa e dizer ”sinal vermelho”, para indicar que está sofrendo agressões.

Violência contra a mulher na pandemia

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Violência Contra as Mulheres e Feminicídio, houve uma redução de 22% das notificações entre 2019 e 2020. A quede pode ser consequência de diversos fatos, sendo um deles o receio e procurar ajuda em unidades de saúde devido o cenário epidemiológico e os grandes períodos na companhia do agressor.

Segundo os dados, a maioria das violência contra a mulher ocorreu na residência, representando 84% das notificações. A análise também demostrou a repetição de 31,1% dos casos, ou seja, quando a violência acontece frequentemente.

Em 2020, 4,4% das mortes em Goiânia foram causadas por feminicídio, ou seja, quando uma mulher é assassinada pelo fato de ser mulher.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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