A jovem de 27 anos, Kelly Silva, que foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa da Síndrome de Haff, conhecida como doença da ”urina preta”, ingeriu comida japonesa na noite anterior antes dos sintomas aparecerem, em Goianésia. Ela e a prima Ana Carla Viera comeram o mesmo prato que sempre pediam em um loja.
De acordo com Informativo Cidades, o pai da jovem contou que o a filha perdeu a força dos membros do corpo e com o agravamento dos sintomas, chegou a perder o movimento das mãos e dos pés. Ela está internada em Goiânia há duas semanas, após passar mal em 24 de junho.
“Ela está tendo de passar por hemodiálise todos os dias para ajudar os rins, que não estão trabalhando de forma adequada”, informou o pai.
Segundo a família, o estado de saúde dela é grave, mas está reagindo bem ao tratamento. A mãe dela, Maria das Conceição, disse que a filha saiu de casa carregada até o hospital por causa da paralisia dos músculos.
“Nem a cabeça ela conseguia levantar, era uma fraqueza muito grande. Ela começou com sensação de desmaio e perdendo muita força. Ela foi carregada para o hospital porque não conseguiu ir com as próprias pernas”, lamentou a mãe.
De acordo com os pais, a filha teria ingerido a comida no dia 23 de junho em um restaurante da cidade. Horas depois ligou dizendo que estava se sentindo mal e que suspeitava da comida.
“Ela me ligou contando que estava passando mal e já estava com quadro de vômito. Até então, ela falou que achava que era a comida que fez mal. A gente espera que seja feita investigação no local para que outras pessoas não passem por isso. Ela é uma jovem cheia de vida”, ponderou a prima.
Um alerta foi enviado pela administração municipal à rede de saúde da cidade, tanto pública quanto privada, como alerta para o atendimento de pacientes com sintomas da doença. Caso algum morador apresente sintomas, deve ser avisado a SMS imediatamente.
“Temos este caso até o momento, apenas. A doença se relaciona com a ingestão de peixes contaminados. As evidências trazem que é causada por uma toxina, portanto, afeta apenas quem ingere. Não há risco de transmissão de pessoa para pessoa”, relatou a secretaria.