Saiba o que é a “doença da urina negra”

A síndrome de Haff, ou doença da urina preta, é causada por uma toxina capaz de levar o músculo à necrose com a ruptura das células musculares, originando uma urina escura semelhante à cor de um café. Normalmente, ocorre após ingestão de pescado contaminado.

Segundo o infectologista Max Igor Banks Ferreira Lopes, a doença nada mais é do que uma inflamação com fortes dores abdominais.

“É uma doença que já tem um tempo, ela foi descoberta em 1924, na Europa, e, na verdade, é uma síndrome que junta alguns sintomas, e observaram que ela está associada às pessoas terem se alimentado com peixe ou frutos do mar num período de 24 horas antes dos sintomas”, afirma o infectologista.

Segundo o especialista, “é  uma doença rara, que nada mais é do que uma intoxicação alimentar por uma toxina que não é eliminada pelo calor, então, o peixe cozido pode transmitir a doença: é rara, não é frequente e não se tem ainda essa toxina identificada”, diz Igor Lopes.

De acordo com informações do Jornal USP, como a eliminação dessa toxina é feita pelos rins, muitas pessoas acabam tendo até insuficiência renal, por isso o especialista reforça a importância de se procurar um atendimento médico o quanto antes, para que a toxina possa ser eliminada o mais rapidamente possível  e cause menos danos aos rins.

Em artigo sobre a doença, médicos do Hospital São Lucas Copacabana explicam que ainda não houve confirmação sobre a natureza da toxina constante nos peixes. Em alguns livros, ela está associada ao envenenamento por arsênico.

Segundo matéria do G1, a forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que a toxina vem de algas consumidas pelo animal.

A dificuldade está no fato de que a toxina não tem nem gosto nem cheiro específicos, o que torna mais complexa a sua percepção. Nos relatos registrados ao longo dos anos, pessoas acometidas da doença ingeriram diferentes tipos de peixe , como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga e tambaqui.

Sintomas:

  • Rigidez muscular;
  • Dores musculares;
  • Dor torácica;
  • Dificuldade de respirar;
  • Dormência;
  • Urina cor de café.

Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horás após o consumo de peixes contaminados. A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise.

 

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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