Chuvas na Alemanha deixam 42 mortos e centenas desaparecidos

Tempestades que atingiram países europeus nesta quinta-feira (15) causaram enchentes na Alemanha que provocaram a morte de, pelo menos, 42 pessoas.

Na Bélgica, as chuvas intensas deixaram 6 pessoas mortas. Luxemburgo e Holanda sofreram danos significativos.

A situação mais preocupante está na Região Oeste da Alemanha, onde as chuvas encheram rios, arrancaram árvores e inundaram estradas e casas.

Pelo menos 42 mortes foram registradas no país. 15 delas no distrito de Euskirchen (Renânia-Palatinado) até o meio-dia do horário local, informou a Polícia.

Os socorristas tentam resgatar vítimas, que, na maioria dos casos, são encontrados em cima de telhados de casas tentando fugir das enchentes. As autoridades orientaram que os moradores fiquem em casa e, se possível, ”se abriguem nos andares superiores, se necessário”.

A chefe do governo da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que está ”chocada” com as inundações.

“Estou chocada com a catástrofe que tantas pessoas têm de suportar nas áreas inundadas. A minha solidariedade vai para as famílias dos mortos e desaparecidos”, escreveu na rede social Twitter, em nome da chanceler, o porta-voz do Governo alemão Steffen Seibert. “Os meus mais sinceros agradecimentos aos inúmeros socorristas e aos serviços de emergência incansáveis”, concluiu.

“Temos consciência do perigo, mas nunca vimos nada igual. Meu padrasto tem quase 80 anos, é de Mayen e diz que nunca experimentou nada parecido”, acrescentou Ortrud Meyer, de 36 anos, ciente de que a cidade está parcialmente construída em uma zona de inundação.

A quantidade de vítimas pode aumentar. Na comuna de Schuld, ao sul de Bonn, foram contabilizados entre 50 a 60 desaparecidos após seis casas desabarem ao logo do rio.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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