Investidores canadenses se interessam por minas de ouro de Goiás

Localizada a 365 quilômetros de Goiânia, a cidade de Mara Rosa despertou o interesse de investidores canadenses da Amarillo Gold, que reconheceram o seu potencial para exploração do ouro. Estudo de pré-viabilidade conduzido pela empresa apontou para dois cenários de exploração do minério a céu aberto. As reservas prováveis são de 997.536 onças de ouro, sendo um total de ouro recuperável em torno das 892 mil onças.

Segundo explica o superintendente de Mineração da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), Tasso Mendonça, apenas para a realização dos estudos preliminares a empresa investiu US$ 20 milhões. Estão previstos outros US$ 40 milhões para custear a implantação da mina, o que pode gerar até 2 mil empregos diretos nas fases de implantação e operação da planta. “Hoje, a Amarillo Gold, que fará sua primeira atuação em solo goiano, está em busca de investidores para as próximas etapas do trabalho”, explica Tasso. O projeto já recebeu licença ambiental prévia concedida pela Secretaria de Meio Ambiente (Secima), e está na fase de idealização da planta de processamento.

Conforme explica Tasso Mendonça, Mara Rosa foi no passado um polo explorador do minério que era encontrado mais na superfície. O projeto atual está focado em lavras mais profundas, o que demanda a utilização de tecnologia mais aprimorada.

Ele comenta que há dois anos consecutivos, 2016 e 2017, integrantes da Secretaria de Desenvolvimento têm marcado presença no maior encontro de mineradores do mundo, que acontece no início do ano, no Canadá, e é promovido pela Associação de Prospectores e Desenvolvedores do país. “Temos apresentado o potencial geofísico de exploração do Estado entre a comunidade dos principais mineradores do mundo. Associado à política de projeção internacional promovida pelo governador Marconi Perillo, estamos atraindo prósperos negócios para o Estado”, analisa.

Novos investimentos previstos para o Estado

Além de Mara Rosa que apresenta esse potencial para exploração do ouro, outros municípios goianos apresentam tal vocação. A cidade de Crixás é uma delas. A Anglo Gold, responsável pela exploração das jazidas, anunciou que vai reverter US$ 180 milhões nos próximos dois anos para ampliação da lavra e pesquisa de novas jazidas.

Em Alto Horizonte, a Yamana Gold explora jazidas de ouro e cobre e já anunciou que vai investir US$ 48 milhões para implantar uma nova mina no município. Enquanto isso, em Faina, a Orinoco Gold está investindo US$ 40 milhões para implantação da mina, e outros US$ 10 milhões em parceria com a Anglo Gold, para fazer o estudo de viabilidade de novas jazidas.

Fonte: Goiás Agora

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp