Internada com doença da “urina preta” recebe alta

A jovem Kelly Silva, de 27 anos, recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) nesta sexta-feira (16), depois de ficar mais de duas semanas internada em decorrência da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”.

Kelly começou a se sentir mal no dia 24 de junho após comer sashimis de tilápia e salmão em Goianésia. O nome do restaurante não foi divulgado. Com o agravamento dos sintomas, ela foi transferida para a UTI do Hospital Jardim América, em Goiânia.

A jovem chegou a ser intubada e passava por sessões diárias de hemodiálise, já que seus rins não estavam respondendo. Entre os sintomas da síndrome, ela apresentou perda da força muscular, dor no corpo, cor azulada nas extremidades do corpo e urina com coloração escura.

Segundo o Metrópoles, desde que o caso dela foi diagnosticado, a Prefeitura de Goianésia tem feito uma campanha para identificar novos possíveis casos da síndrome.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goianésia, a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas.

A síndrome é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes cozidos ou crus. Entre os sintomas estão extrema rigidez muscular de forma repentina, dores no corpo, dificuldade de respirar, dormência e urina com cor de café.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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