O dono da Riachuelo, empresário Flávio Rocha, defendeu a Reforma Tributária do governo Jair Bolsonaro e rechaçou a taxação de grandes fortunas. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o empresário alegou que a taxação iria ”exporta fortunas”, isto é, enviar dinheiro de milionários para fora do Brasil.
“O exemplo desastroso do François Hollande [ex-presidente da França] mostrou uma coisa que é cruel mas é a dura realidade. É a mobilidade das fortunas. É o maior exportador de fortunas. O potencial de arrecadação é pífio. Acelera o êxodo. Na França, todo mundo mudou para a Bélgica, para a Inglaterra. E o mundo está cada vez mais digital. Você pode exercer a mesma função remotamente. As pessoas estão com mais mobilidade”, afirmou.
“Esse imposto consegue reduzir a desigualdade, mas pela via não inteligente: expulsando ou empobrecendo os ricos. O que se quer é enriquecer os pobres. Esse é um imposto que diminui a desigualdade, mas achatando a pirâmide, ou seja, empobrecendo os ricos”, reclamou.
“Se desigualdade fosse o problema, tinha que dar um troféu para a Venezuela, que expulsou as fortunas para Miami ou quebrou quem insistiu em ficar”, afirmou.
Outros empresários também se queixam da taxação
Empresário eleitores do presidente Jair Bolsonaro tem pressionado o político contra a taxação de dividendos prevista na nova fase da reforma tributária de seu governo.
De acordo com a coluna, Rocha afirmou que a taxação coloca em dúvida o discurso liberal do governo, pois os impostos sobre o lucro teriam de ser reduzidos ao valor da nova alíquota sobre dividendos.