Vídeo: Comentarista da Band chama cabelo de jogador de ”negócio imundo”

Um novo caso de racismo cerca o futebol brasileiro e, dessa vez, veio diretamente do estado de Goiás. A vítima desta vez foi o meia Celsinho, do Londrina, que recebeu comentários racistas sobre seu cabelo dos locutores Romes Xavier e do comentarista Vinícius Silva, da Rádio Bandeirantes, durante a transmissão da partida entre a equipe paranaense e o Goiás no sábado (17), no estádio da Serrinha, pela Série B.

O episódio aconteceu após Celsinho ter recebido uma pancada no tornozelo e caído no grama aos 22 minutos do primeiro tempo. O narrador Romes Xavier disse que o atleta teve dificuldade para levantar pois seu cabelo devia ”pesar demais”. Na sequência, o comentarista Vinícius Silva afirmou que o cabelo do atleta parecia ”uma bandeira de feijão” do que um ”verdadeiro cabelo”.

”Não é porque estou perdendo cabelo que vou achar um negócio imundo desse bonito”.

O comentário repercutiu nas redes sociais. Por meio dos perfis oficias, o Londrina repudiou os comentários feitos pelos profissionais.

“Racismo não! O Londrina vem a público manifestar o seu profundo repúdio quanto ao ato de racismo praticado pelo narrador Romes Xavier e o comentarista Vinicius Silva, da Rádio Bandeirantes de Goiânia, em face do meia Celsinho, na transmissão da partida contra o Goiás”, escreveu o perfil do clube.

O Vasco da Gama também manifestou em solidariedade ao jogador. “Inadmissível! Racismo é crime e não deve ser tolerado! Repudiamos qualquer ato racista desde o início de nossa história e seguimos lutando por isso! Muita força ao Celsinho. Estamos juntos diariamente nessa luta!”, escreveu o perfil do time carioca.

Em seu perfil, Celsinho republicou as mensagens de apoio que recebeu após o ataque, mas não se pronunciou sobre o caso.

Narrado e comentarista são afastados da rádio

O narrado e o comentarista usaram as redes sociais para se retratarem. “Peço desculpas ao Celsinho e ao Londrina Esporte Clube pelo comentário infeliz na transmissão sobre o cabelo do meia. Colocações erradas que jamais deveriam ter sido ditas”, escreveu Romes Xavier.

“Quero me retratar dizendo que foi um comentário equivocado. Durante a transmissão a gente acabou tendo esse erro. Um comentário infeliz, estou arrependido”, afirmou Silva, que ao mesmo tempo negou a carga racial da fala. “Não foi este o cunho que fizemos na hora da questão”, alegou.

Através da direção dos Fera do Esporte, equipe esportiva parceira das transmissão da Rádio Bandeirantes, comunicou neste domingo (18) que Xavier e Silva foram afastados de suas funções profissionais e também pediu desculpas a Celsinho e ao Londrina.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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