O comediante Whindersson Nunes gravou um vídeo para seu canal no YouTube em que apareceu no sofá e conversou com diversos psiquiatras: o médico, Seu Jorge e ele mesmo. Mesmo com senso de humor, a Internet entendeu o projeto do vídeo como uma forma de Nunes expressar a dor e a frustração que o torturavam. O roteiro, escrito por ele e Bruno Lima, mostra o conflito entre o comediante e a fama, o público e, o mais importante, sua forma de lidar com a dor.
De acordo com o youtuber, às vezes ele se sente tão triste que não consegue se lembrar de seu corpo, no inicio do vídeo ele começa se questionar se estaria morto, e como as pessoas o viam “Fico fora da realidade porque parece que sou um monte de gente. Só que eu não sou um monte de gente. Tá legal que um monte de gente me vê, mas eu não sou um monte de gente. Eu só sou eu mesmo”, fala.
Embora ela não tenha mencionado a palavra depressão em nenhum momento, o noivo de Maria Lina já havia mostrado sinais da doença em 2019. Em determinada parte do vídeo, Whindersson lamenta a imaginação despojada que sempre o acompanhou. Para ele, o único lado bom seria poder pensar no filho, que o acompanharia nos palcos em Manaus. Essa é a única menção ao menino em toda a produção, além da sutil introdução de um desenho do dia do nascimento de João Miguel.
“Às vezes eu sinto o cheiro do fundo do poço. tem dias que na minha cabeça só fica rolando um eco, sabe? Imaginava meu filho subindo no palco comigo em Manus”, diz o humorista em um trecho do vídeo que leva o nome de “Psquiatra”, em que ele conversa com um profissional de saúde mental.
Whindersson aproveita para explicar que o formato de seus vídeos não terá mudanças, e que a produção foi apenas para que ele pudesse retornar ao YouTube. “Logo mais tem paródia, vlogs e tudo mais. Isso que eu fiz é só um pontapezinho para a gente se sentir bem e seguir em frente. E vamos simbora”, finalizou.
O vídeo teve a participação do cantor Seu Jorge, com quem o humorista faz piadas. A participação do cantor foi destacada pelo youtuber nas redes sociais na hora de divulgar o trabalho, que tem duração de mais de dez minutos e poderia ser classificada como uma “autoficção”, termo que caracteriza narrativas ficcionais que, de alguma forma, se entremeiam na realidade do próprio autor.