TSE garante segurança da urna eletrônica e reforça que aparelho é auditável

A disputa para cargos nas eleições de 2022 seguem acirradas em Goiás. Candidatos às chapas majoritárias estão correndo com suas pré-campanhas

O sistema eletrônico de votação passou a ser utilizado no Brasil em 1996. Desde então, jamais houve comprovação de fraude, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, apesar de não imprimirem votos individuais, as urnas podem ser auditadas através da emissão do boletim de urna. Em entrevista à AFP, Mário Gazziro, doutor em Física Computacional pela USP, confirmou que os boletins de urna colocados nas seções são ‘”facilmente fiscalizados pelos eleitores de hoje com celulares”.

A ideia pode até parecer consistente, mas, na prática, não é tão simples assim. Com as cédulas dos números digitados pelo eleitorado, seria muito mais fácil quebrar o sigilo do voto, uma vez que bastaria apenas combinar uma sequência específica para saber em quem cada eleitora ou eleitor votou.

De acordo com informações do TSE, no cenário do voto impresso, os papéis seriam depositados em uma urna lacrada, sem qualquer contato com o eleitor. Mas, em caso de necessidade, os votos precisariam ser manipulados por outras pessoas para fazer a recontagem, abrindo espaço para eventuais fraudes.

O que poucos sabem é que a urna eletrônica já possibilita a auditoria da totalização. Ao término da votação, o equipamento imprime o Boletim de Urna (BU), um relatório detalhado com todos os votos digitados no aparelho. Esse documento é colado na porta da seção eleitoral para conferência dos eleitores, que podem comparar o BU apurado de forma eletrônica e divulgado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp