Polícia Civil indicia suspeito de vendar vagas em cemitério de Itumbiara

A Polícia Civil de Goiás, por meio da 2ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Itumbiara, concluiu inquérito policial e indiciou um administrador dos cemitérios de Itumbiara pelo crime de corrupção passiva.  O procedimento foi instaurado após o recebimento de denúncias de moradores que reclamavam do mau cheiro no “Cemitério Velho ” e contou, desde o início, com a colaboração da Secretaria da Ação Urbana do Município.

Ao iniciar as investigações, a primeira hipótese dava conta de provável crime de violação de sepultura. Contudo, os policiais civis descobriram que o administrador do cemitério cobrou valores de familiares de uma pessoa que havia sido sepultada no “cemitério novo”, para transferir os restos mortais poucos dias depois para uma “nova vaga” no Cemitério Velho, vaga que na verdade não existia e foi criada, apertada, entre outras sepulturas.

Segundo as investigações, a transferência de local ocorreu depois da criação de novo jazigo no cemitério antigo. A vaga teria custado aos familiares do falecido R$ 4 mil, montante que foi transferido diretamente para a conta bancária pessoal do funcionário público administrador dos cemitérios.

Com o fim das investigações, o inquérito segue agora para o Poder Judiciário para apreciação, devendo ainda cópia ser remetida à Prefeitura Municipal de Itumbiara para conhecimento e eventuais providências no âmbito administrativo. A Polícia Civil representará ao Poder Judiciário no sentido de  que o corpo seja exumado e trasladado ao cemitério em que foi originalmente enterrado, visto que a sepultura atual é irregular e foi obtida por meios ilícitos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp