Operação Plenus desarticula quadrilha interestadual de tráfico de drogas

Um estudo divulgado pelo CDE revela que a pandemia da covid-19 impactou e elevou o tráfico de drogas no Brasil.

A Polícia Civil de Goiás, em parceria com o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar e a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, desarticulou uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas. Até a manhã desta terça-feira (13), 13 pessoas foram presas e dois mandados de prisão no Mato Grosso do Sul estão em aberto. As ações ocorrem no âmbito da operação Plenus.

Ainda foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão domiciliar e dois de condução coercitiva nas cidades de Goiânia, Cezarina e Indiara, no estado de Goiás, e em Campo Grande e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Civil goiana, outros quatro membros da organização já haviam sido presos nos meses de abril e maio deste ano.

As investigações apontaram que um grupo composto por José Humberto Vieira Ataíde Júnior, Emival Sales Gomes, Romes José Franco, Adalberto Alves Cordeiro, Rafael Rodrigues Lemos de Miranda, Valdeire Aires da Silva e Johnn Kennedy da Silva Filho, residentes em Goiânia, Cezarina, Santa Helena e Indiara, organizavam-se mensalmente em consórcio e adquiriam de Geraldo de Oliveira Santos, em Ponta Porã, grande quantidade de maconha, revendendo-a em Goiânia e região metropolitana.

Veridelber Leonardo do Nascimento é apontado como o responsável pela guarda da droga na capital. Larry Cris Vieira de Moura, Edimar da Silva de Medeiros, Wagner de Oliveira Quadros, Matheus Reis da Silva e Uelton dos Santos Moncão, os três últimos de Campo Grande, eram os especialistas no transporte da droga.

No curso da investigação, dois carregamentos da organização foram apreendidos. O primeiro, de 800 quilos, no dia 13 de abril, no Jardim Guanabara, em Goiânia. Na ocasião, Veridelber foi preso em flagrante. No dia 13 de maio, 1.100 quilos de maconha foram apreendidos em Jataí, quando eram transportados de Ponta Porã para Goiânia. Foram presos Edimar, Wagner e Larry Cris.

Entre segunda e terça-feira, outros membros da organização foram presos, inclusive Geraldo, em Ponta Porã. Ele estava com cerca de 700 kg de maconha e é apontado como fornecedor do grupo. A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul prendeu dois dos quatro suspeitos de integrarem a quadrilha naquele Estado. Matheus e Uelton estão sendo procurados.

José Humberto, conhecido Cabal, foi identificado como líder da organização em Goiás. Conforme o que foi apurado, apesar de os membros atuarem em consórcio na coleta de valores para aquisição e posterior revenda da droga, ele era o mentor da organização. As investigações apontam que Cabral era responsável pelos contatos pessoais, pagamentos e acertos realizados com o fornecedor da droga no Mato Grosso do Sul.

Jessyka Kennedy Ferreira, companheira de José Humberto, também foi presa. Ela é acusada de distribuir as drogas em Goiânia. Outras duas pessoas de nomes não revelados foram conduzidas coercitivamente para prestar depoimento.

O nome Plenus é o equivalente à pleno no latim. Segundo a Polícia Civil, a operação constituiu provas contra todos os integrantes da quadrilha. Eles responderão por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico. As penas variam de cinco a 15 anos de prisão e podem ser elevadas em dois terços pelos crimes terem sido praticados em dois estados.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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