Advogada foi a responsável por gravar agressões contra Orcélio

A advogada Suzana Paula Alves foi a responsável pelas gravações que mostram o colega Orcélio Ferreira Silvério Júnior sendo agredido por policiais militares do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), no último dia 21, em Goiânia.⠀

Ela conversou com exclusividade com o Rota Jurídica na manhã desta quarta-feira (28), durante desagravo público realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil. O ato aconteceu nas imediações do local onde o advogado foi agredido, na Praça da Bíblia.

Suzana conta que estava nas proximidades do camelódromo da Praça da Bíblia quando viu Orcélio ser brutalmente agredido pelos PMs. Na hora, ela não sabia que ele era advogado. Ela soube que era um colega de profissão quando a própria vítima falou para os policiais que era advogado. “Naquele momento, vi apenas um cidadão sofrendo violência. A gente tentava evitar as agressões, mas não conseguia”, afirma, dizendo que na hora a sensação que sentia era de total fracasso.⠀

Segundo Suzana, quando começou as gravações, um dos PMs a alertou para que parasse de filmar, dizendo que era para apagar o vídeo ou iria para a Delegacia. Nesse momento, de acordo com ela, o PM se aproximou. Foi ai que ela se identificou como advogada, afirmando que se fosse preciso, não só ela, mas todas as pessoas que estavam ali próximas iriam para a Delegacia.⠀

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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