Deputado goiano se recusa a tomar vacina contra Covid-19

Em um péssimo exemplo de cidadania, o deputado estadual Humberto Teófilo (PSL) se recusou a tomar a vacina contra a Covid-19 que estava disponível em um posto de saúde procurado por ele próprio. Em um vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar, ele diz que pagou pela vacina e alegou suposta baixa eficácia do imunizante. Ele foi mandado para o final da fila de vacinação, em Goiânia.

Segundo informações do Notícias Goiás, Humberto Teófilo, que é delegado de polícia e filho do ex-vereador Amarildo Pereira, agendou sua vacinação por meio do aplicativo da prefeitura e foi receber o imunizante no Posto de Saúde (Ciams) do Novo Horizonte, no final da manhã desta sexta-feira (30/7). Ativo nas redes sociais, ele filmou todo o trajeto até a sala de imunização.

Ele diz no vídeo que tentou saber com antecedência, no local, qual seria a vacina, mas a informação não poderia ser dada.

Já na hora de ser vacinado, ao ser informado pela enfermeira que receberia a CoronaVac, o deputado se recusou a tomar o imunizante.

“Não tem outra opção de vacina? Essa não vou tomar não”, diz Teófilo à enfermeira. “Qualquer outra eu tomava, mas a CoronaVac, essa eu não vou tomar”, reforçou.

Ele se recusou a assinar o termo de desistência de tomar a vacina, mas o documento foi assinado por duas testemunhas, como prevê o decreto municipal que penaliza aqueles que escolhem a marca de vacina.

Em sua rede social, Humberto Teófilo disse que vai recorrer ao Judiciário para “assegurar o direito” de não ir para o final da fila.

“Exerci meu direito de não ser vacinado naquela ocasião, mas recebi como punição sumária do prefeito Rogério Cruz que irei para o final da fila sem qualquer critério. Ora, não podemos obrigar o cidadão a tomar determinada vac**na sem o seu consentimento”, escreveu Teófilo em suas redes sociais.

Decreto – No dia 15 de julho a prefeitura de Goiânia publicou decreto estabelecendo que os chamados “sommeliers” de vacina, pessoa que quer escolher a marca do fabricante antes de se vacinar, vão para o fim da fila da vacinação quando recusarem a aplicação de qualquer dose. Eles deverão esperar toda a população goianiense de 18 anos se vacinar para voltarem à nova triagem.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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