Gatinha da Cracolândia era usuária de drogas, segundo defesa

No dia 22 de julho, uma operação policial na Cracolândia, no Centro de São Paulo, prendeu pelo menos 15 suspeitos de envolvimento com o tráfico. Uma dessas pessoas é Lorraine Bauer, jovem de 19 anos, estudante de direito e influenciadora digital.

Durante quatro meses, policiais civis se infiltraram na região para investigar. Em imagens inéditas, exibidas pelo Fantástico neste domingo (1º), Lorraine aparece de gorro e máscara, em uma das mesas do tráfico, com montes de dinheiro à sua frente. O registro é do dia 23 de junho.

“Os usuários se referiam a ela como a gatinha da Cracolândia ou a princesinha da Cracolândia”, revela o delegado responsável pela investigação.

Nas redes sociais, onde ela tem 56 mil seguidores, Lorraine mostrava uma vida bem diferente, de luxo. “Financiada pelo tráfico e, o pior, tráfico de drogas praticado em cima de uma situação em que pessoas estão totalmente vulneráveis e já abaladas fisicamente e psicologicamente”, diz o delegado.

A defesa da jovem nega as acusações. “Ela está sendo taxada como traficante, quando na verdade não é. É uma menina sofrida, de 19 anos, que perdeu o pai muito cedo e que está sendo acusada de um absurdo. Ela só está presa porque estava na Cracolândia onde ela vai buscar droga”.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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