Após discurso homofóbico, vereador do PSOL é afastado

O diretório municipal do PSOL em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, afastou o vereador Paulo Eduardo Gomes da Câmara do município após um episódio de homofobia, no mês passado. O afastamento tem duração de 60 dias.

Segundo o partido, ele vai passar por formações internas sobre racismo, lgbtfobia e machismo. Enquanto ele estiver afastado, Regina Bienestein assume o seu lugar na Câmara.

A professora de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) tem 77 anos. Na eleição do ano passado, conseguiu 2.053 votos e ficou como suplente. Sua principal pauta política é ligada ao direito à moradia.

“O que eu espero é que seja feita justiça na medida correta. Sem passar pano porque dois meses com cursinho para uma pessoa que tem a idade que ele tem, a quantidade de mandados que ele tem, na minha opinião não é o suficiente. Então eu espero efetivamente que a justiça seja feita”, afirmou Verônica Lima, vereadora que foi vítima dos comentários durante a discussão.

Segundo informações do G1, o caso aconteceu no dia 7 de julho. O vereador, segundo ela, teria dito: “Quer ser homem? Então vou te tratar como homem”. A parlamentar afirma ainda que ele precisou ser contido por colegas da Casa Legislativa.

“Ele começou a falar alto, cada vez mais alto. Pedi que falasse baixo, três vezes. Na quarta, levantei a voz. Aí ele se levantou e me perguntou: ‘Você quer ser homem?’ Eu disse: ‘Não, não quero ser homem, me respeita.’ [Ele falou] ‘Se você quer ser homem, vou te tratar como homem’. Ele partiu para cima de mim e precisou ser contido”, relatou.No mesmo dia, o vereador Paulo Eduardo Gomes pediu desculpas.

“Na exaltação de uma discussão, eu cometi um ato absolutamente machista e absolutamente agressivo à vereadora Verônica. No ato que isso aconteceu, a vereadora Benny, representando a bancada do PSOL, falando em meu nome, em nome do vereador Túlio, pediu desculpas. No que eu referendei e pedi desculpas também”, afirmou.

A Câmara de Niterói afirmou que o caso será encaminhado à Comissão de Ética da casa. Verônica disse que ainda sente muito o que aconteceu.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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