Secretário de Saúde da Bahia xinga chef de cozinha de “vagabunda”

O governo da Bahia emitiu uma nota, nesta terça-feira (3), sobre o episódio em que o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, xingou a chef de cozinha Angeluci Figueiredo, do tradicional restaurante Preta, de “vagabunda”.

Na manhã desta terça, ao G1o governo havia informado que não ia se manifestar sobre a situação. Por volta do meio dia, a gestão voltou atrás e emitiu uma nota em que afirma lamentar a agressão verbal.

“Por meio da Secretaria de Comunicação, o governo do estado afirma lamentar o episódio, considera inadmissível qualquer tipo de agressão e manifesta total solidariedade à empresária Angeluci Figueiredo e a todas as mulheres”, disse a nota.

A ofensa foi feita no domingo (1), depois que a chef comunicou a Vilas-Boas que a reserva feita por ele, para o restaurante que fica na Ilha dos Frades, na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador, teria que ser cancelada, por causa do tempo chuvoso na capital baiana.

O xingamento foi feito por uma mensagem de texto em um aplicativo. No dia seguinte, após a repercussão do caso, o secretário chegou a pedir desculpas à chef e às pessoas que “se sentiram ofendidas”, por meio de sua conta em uma rede social.

O governador Rui Costa não se posicionou publicamente sobre a situação. A Secretaria de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), da qual ele faz parte, no entanto, também repudiou a agressão.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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