Câmara aprova texto de projeto que permite a privatização dos correios

A câmara aprovou nesta quinta-feira o texto principal do projeto de lei que permite a privatização dos Correios. Ainda é preciso votar sugestões de alteração na proposta antes do projeto ser encaminhado ao Senado. O texto foi aprovado por 286 votos a favor e 173 contra.

O governo pretende privatizar a estatal centenária no primeiro trimestre do próximo ano, para isso acontecer é necessário à conclusão do projeto nas próximas semanas. O Ministério da Economia tem intenção de se desfazer de 100% do capital da empresa.

O projeto de lei permite vender o controle total da companhia, no formato de um leilão tradicional, levando a empresa quem oferecer mais. O relator do projeto, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) incluiu em seu texto um trecho que prevê estabilidade de 18 meses para os funcionários da estatal após a venda da empresa, além disso, o texto também estabelece as diretrizes para um Programa de Demissão Voluntária (PVD). Onde os funcionários que desejarem poderão pedir demissão após 180 dias da venda da empresa.

Com isso os funcionários teriam direito à manutenção de plano de saúde por um ano, o mesmo período que eles receberiam uma indenização. O funcionário também poderia passar por um programa de requalificação para preparar os funcionários para o mercado de trabalho.

 

 

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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