Bolsonaro assina MP que permite compra de etanol direto das usinas

A gasolina em Goiás já pode ser encontrada por R$ 7,49. O valor usado para calcular o ICMS está congelado em R$ 6,55.

O presidente Jair Bolsonaro assinou na manhã desta quarta-feira (11) uma Medida Provisória (MP) que autoriza a venda do etano para postos de combustível direto das usinas, sem intermédio de distribuidoras.

A MP foi assinada durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a participação de representantes do setor produtivo, além de ministros.

Os postos poderão, ainda, vender combustíveis de qualquer marca, independente da marca comercializada, desde que seja devidamente informado ao consumidor. A proposta ainda permite que o transportado-revendedor-retalhista possa comercializar o etanol hidratado.

“Ao visar a diminuição do preço para o consumidor final, a MP oferecerá um alívio aos brasileiros e brasileiras em meio à presente conjuntura econômica”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em referência a uma alta nos preços dos combustíveis e pressão inflacionária.

A medida tem força de lei, ou seja, passa a valer mediante a assinatura, mas precisa ser analisada ainda pelo Congresso Nacional em um prazo máximo de 120 dias.

ICMS

Em seu discurso, Bolsonaro disse que o governo estuda a proibição dos estados de cobrarem ICMS sobre a tarifária da conta de luz. Ele lembra que Brasil vive uma das mais severas crises hídricas da história, que levaram a adoção da bandeira vermelha na conta de luz.

“Fomos obrigados a colocar bandeira vermelha para pagar uma outra fonte de energia que é a termoelétrica, que é muito mais cara. Os governadores cobram ICMS em cima da bandeira. Quem paga a conta disso? Sou eu”, disse.

Bolsonaro também voltou a insistir na defesa de uma proposta sobre a cobrança do ICMS sobre combustível enviada ao Congresso, afirmando ter reduzido tributos federais.

O presidente ainda diz que a população precisa saber quem são os responsáveis pela elevação dos preços.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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