Testes de drogômetros são iniciados nas rodovias federais do país

Na última terça-feira (3), foi dado início em testes para a pesquisa que vai definir os requisitos técnico-científicos para homologação dos drogômetros no Brasil. Agentes policiais rodoviários federais foram capacitados e irão aprender a coletar amostras usando os equipamentos em rodovias federais. O aparelho tem a função de detectar a presença de substâncias psicoativa.

“As tecnologias evoluem e essa é uma ferramenta importante para detecção de drogas psicoativas que alteram a capacidade dos motoristas de dirigirem de maneira mais segura”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Diretrizes

As diretrizes técnico-científicas para o uso dos equipamentos no país estão sendo definidas pelo grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) que também conta com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Após a capacitação dos policiais, a pesquisa será realizada nas estradas federais de todo o país.

“Essa pesquisa mostra o quanto é fundamental a integração entre os órgãos. Com o alinhamento da pesquisa à prática realizada por nossos policiais, conseguiremos desenvolver um produto capaz de fazer com que as pessoas se sintam mais seguras ao utilizarem nossas estradas”, diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

Os testes são feitos com motoristas voluntários. Neste primeiro momento, as amostras positivas não configuram como infração legal, uma vez em que os aparelhos ainda não têm homologação para fiscalização.

Todas as amostras que apresentarem testes positivos serão armazenadas em freezers específicos, sendo transportados posteriormente a laboratórios para análise.

Os motoristas que apresentarem alterações psicomotoras em decorrência ao uso de substâncias psicoativa serão fiscalizados de acordo com a legislação em vigor e apenas serão convidados a participar da pesquisa após realizarem os procedimentos legais (bafômetro ou recusa, auto infração e prisão, se for o caso).

Após os testes, os drogômetros que tiverem sua eficácia comprovada serão regulamentados pelo Conselho Nacional do Trânsito e pelo Inmetro, sendo utilizados em ações de fiscalização do uso de drogas por parte de motoristas, prevenindo acidentes.

Os aparelhos escolhidos para o período de testes foram recebidos pelo Ministério, por meio de cessão de uso gratuito.

O que é drogômetro?

Drogômetros são dispositivos portáteis utilizados para a detecção de sustâncias psicoativas, como cocaína, maconha, anfetaminas e outras. O diagnóstico é feito através de amostras de fluído oral. Os resultados são liberados em período de 5 a 10 minutos após a coleta.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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