Dona de bar é presa suspeita de agredir prostituta em Alto Paraíso de Goiás

A dona de um bar que não teve sua identidade revelada, foi presa suspeita de agredir uma prostituta com duas garrafas de vidro no rosto, após discutirem sobre o valor de programas. A agressão provocou cortes no rosto da mulher, que renderam 18 pontos. A briga aconteceu na última quarta-feira, em Alto Paraíso de Goiás.

A delegada que investiga o caso, Bárbara Buttini, informou que a dona do bar era uma espécie de “Cafetina” e cobrava R$100 reais por programa. Ela ficava com R$50 e repassava a outra parte para as garotas que trabalhavam no local.

Segundo relato da delegada, “os clientes pagavam o valor para a suspeita pelos programas realizados pelas garotas, e que ao final da noite elas pegavam sua ‘parte’. A vítima foi pedir o valor pago pelo cliente para a suspeita, a qual se recusou a dar”. A dona do bar alegou em seu depoimento que tentou se defender da vitima durante a briga.

“O que não é compatível com os fatos, porque ela não tem lesões. Além disso, a vítima também apresentava lesões de defesa, que são as lesões no antebraço, que as pessoas usam para se defender”, explicou a investigadora do caso. A delegada informou que mesmo após as lesões, a dona do bar não deixou a vítima sair do local.  A dona do bar pode responder criminalmente por lesão gravíssima, por deformidade permanente e rufianismo qualificada pela violência, crime que consiste em tirar proveito da prostituição de outras pessoas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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