Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi preso em flagrante no último sábado (17) após matar um jovem negro de 20 anos. O militar estava de folga e acusou o jovem de furta seu celular, que foi encontrado em seu carro junto com documentos e boletos no nome da vítima.
Segundo boletim de ocorrência registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP), os dois chegaram juntos a um bar localizado na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo.
De acordo com testemunhas, os dois estavam bastante embriagados, compraram mais bebidas alcóolicas e foram beber em um fundo do bar, onde havia três máquinas de jogos de azar desligadas. Em certo momento, o policial sentiu falta do seu celular e começou a discutir com a vítima, afirmando que o jovem havia o furtado.
Testemunhas ainda relataram que em certo momento, foram ouvidos dois disparos de armas de fogo, efetuados pelo cabo com um revólver Taurus. Uma testemunha desarmou o policial, que estava bastante agitado.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para prestar socorro a vítima, mas, de acordo com o boletim de ocorrência, a vítima chegou morta ao hospital.
Em depoimento, o PM afirmou que reagiu a uma tentativa de assalto. A prisão em flagrante do polícia por homicídio foi convertida pela Justiça em prisão preventiva, e o cabo permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes, que abriga PMs acusado de crime.
O caso está sob investigação do DHPP, que pediu perícia no celular do policial.