Rodrigo Maia será secretário do governo de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (19), a nomeação do deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ) como secretário de Projetos e Ações Estratégicas da gestão paulista.

Segundo nota do governo de São Paulo, Maia será responsável por “agilizar os projetos de desestatização, acelerando as parcerias público-privadas e as concessões em andamento”.

“A experiência do Rodrigo Maia à frente da Câmara fortaleceu nele a capacidade de dialogar com governos, sociedade civil e setor produtivo, com eficiência e credibilidade. Todas as reformas que passaram sob sua liderança só foram possíveis por causa do diálogo, do senso de urgência e do olhar estratégico de quem sabe o que é verdadeiramente importante para o país”, disse Doria segundo a nota.

Expulsão de Maia

Em maio, Rodrigo Maia foi expulso do DEM após divergências com o presidente do partido, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, por causa do apoio de Arthur Lira de parte dos parlamentares do partido, para sucessão de Maia na presidência da Câmara dos Deputados. O deputado fluminense apoiava a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP).

O expulsão de Maia do partido partiu após ele chamar ACM Neto de ”oportunista” e ”sem caráter”. O deputado atribui ao ex-prefeito a articulação em direção ao apoio de Lira, candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e que elegeu-se presidente da Casa.

Após o episódio, Doria convidou Maia a ingressar no PSDB e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixou o DEM e se filiou ao PSDB, tornando-se pré-candidato do partido ao governador paulista. Doria, que pode se candidatar a reeleição para governador, concorrerá nas prévias tucanas que decidirão o candidato do partido ao Palácio do Planalto no ano que vem.

Maia, por sua vez, tem sido vinculado a uma possível filiação ao PSD, partido que recebeu o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que também deixou o DEM.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos