Confira a lista dos principais líderes do Talibã

Com o retorno do Talibã ao poder no Afeganistão, o principal líder político do grupo também voltou ao país na terça-feira (17). A Forbes divulgou alguns dos principais nomes do grupo extremista. Confira:

Hibatullah Akhunzada

Serviu como o principal líder do Talibã por cinco anos, após décadas como um jurista linha-dura, e faz parte do núcleo elitista do grupo. Quando assumiu o comando do Talibã, em 2016, os meios de comunicação afirmaram que Akhundzada é uma figura bastante obscura, com uma vida religiosa muito mais forte do que militar.

Abdul Ghani Baradar

Foi cofundador do Talibã, ocupou cargos importantes no governo do grupo na década de 1990 e ajudou a liderar combatentes insurgentes na década de 2000. Hoje, Baradar é chefe político do Talibã e ajudou a liderar as negociações para a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão no ano passado. Há menos de três anos, Baradar foi liberto de uma prisão paquistanesa.Sirajunddin Haqqani

Lidera a rede Haqqani, grupo terrorista fundado por seu falecido pai que está vinculado a vários ataques no Afeganistão. Em um artigo de opinião publicado no ano passado no The New York Times e assinado por Haqqani, ele se apresenta como vice-líder do Talibã, enquanto defende que o grupo está à procura de paz.Mohammad Yaqoob

É filho do falecido fundador do Talibã, Mullah Mohammad Omar, e lidera as operações militares do grupo desde pelo menos meados de 2020.

A estrutura e a liderança de governo do Talibã permanecem confusas. Na primeira entrevista coletiva do Talibã, em Cabul, há dois dias, o porta-voz Zabihullah Mujahid evitou algumas questões legais e afirmou que o grupo ainda está estabelecendo um governo formal.

O Talibã assumiu o controle de Cabul no último domingo (15), depois de varrer rapidamente inúmeras cidades, enquanto as forças de segurança afegãs sediam terreno após a decisão dos Estados Unidos de retirar todos os militares do país.

A ocupação levou muitos afegãos a temer pelo retorno do modo fundamentalista e brutal do governo Talibã, semelhante ao que ocorreu entre 1996 e 2001, período em que as escolas femininas foram fechadas, a maioria das mulheres foram proibidas de trabalhar e os que violavam as regras conservadoras enfrentavam punições severas.

Funcionários do grupo extremista prometeram anistia aos afegãos que trabalharam para os Estados Unidos e – em termos cuidadosamente redigidos – ofereceram alguns direitos às mulheres, mas muitos analistas duvidam das medidas e já há relatos de represálias contra os ex-funcionários do antigo governo e cancelamento dos direitos femininos em algumas cidades conquistadas e controladas pelo Talibã no país.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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