Homem escravizado por oito anos é resgatado em Formosa

Em operação de fiscalização do Ministério Trabalho, um homem que vivia com a esposa e os cinco filhos em situação de trabalho análogo escravo em uma fazenda de gado localizada em Formosa após mais de oito anos de serviço foi resgatado.

A família ficava em meio a escorpiões e cobras, sem água e luz, além de pouca comida e da poeira da mineração de calcário. A esposa do trabalhador contou que o marido chegou a ser picado por um dos bichos, ficando seis meses com a perna dormente e que por várias vezes cobras eram encontradas no local onde eles viviam.

A casa onde a família estava caberia apenas uma pessoa, e ficava apenas a 100 metros de uma empresa de mineração, vizinha à fazenda, e a 200 metros do canteiro de extração de calcário. Autoridades irão apurar a situação da saúde da família por conta da exposição ao produto.

Segundo o proprietário da fazenda, até o momento ele, não teve acesso total aos autos do processo. Mas ele tem colaborado com a operação de fiscalização com a assinatura doo Termo de Ajuste de Conduto do Ministério do Trabalho. A fiscalização informou que o homem recebia R$50 por diária de serviço, mas não tinha carteira assinada, nem contrato de trabalho apesar do longo relacionamento com o empregador.

O Ministério Publico do Trabalho e a Defensoria Pública da União fecharam um acordo para uma indenização por danos morais, que garantirá uma casa de no valos de, pelo menos, R$100 mil ao trabalhador, para ser comprada ou construída no município em um prazo de seis meses.

Havia um acordo de quitação de verbas trabalhistas, que foi desprezado pelo cálculo das verbas rescisórias e direitos devidos. O homem recebeu R$24.921,84. Segundo os fiscais ele terá ainda direito a três meses de seguro-desemprego concedido a resgatados da escravidão.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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