Prefeitura de Goiânia lança campanha para alertar sobre riscos do cerol

A Prefeitura de Goiânia lançou nesta terça-feira, 20, a campanha ‘Pipa sem cerol’. Esta é a 8ª edição da campanha, que tem por objetivo conscientizar crianças, adolescentes e adultos sobre os perigos do uso do cerol e orientar a brincadeira de forma saudável.

A campanha é promovida pela Guarda Civil Metropolitana em parceria com diversas secretarias municipais e órgãos de segurança. Segundo o porta-voz da corporação, Valdson Batista, a ação é, majoritariamente, educativa “Nós trabalhamos junto às escolas da rede pública municipal. Fazemos a panfletagem, palestras, com teatros e fantoches”, disse.

O porta-voz, porém, alerta que, se necessário, os agentes da Guarda podem acionar a polícia para coibir o uso do cerol. “Nossas agentes de segurança estão habilitados a orientarem pessoas que estão brincando com pipa em locais de aglomeração. Se for verificada resistência, os agentes estão autorizados a conduzir o cidadão à autoridade policial”, salientou Batista.

O comandante da Guarda Civil Metropolitana, Inspetor José Eulálio, explica que a campanha visa reduzir o número de acidentes envolvendo pipas com cerol comuns nesta época do ano. ‘Além do trabalho com os alunos da rede pública de ensino, vamos atuar também na conscientização das pessoas em parques e praças, orientando crianças, adultos e motociclistas sobre os perigos do cerol e da linha chilena, pois começou o período de ventania e as pipas estão sendo soltas até à noite”.

A Guarda Civil lembrou que, além do cerol, outros artefatos, como a linha chilena, são proibidos e podem matar. Por isso, também são alvos de combate na campanha. “Além do cerol, temos hoje a linha chilena, que é importada. Já identificamos comerciantes que vivem de vender essa linha chilena. Esses comércios serão alvos de fiscalização da Guarda Civil Metropolitana e as pessoas serão encaminhadas à Justiça”, disse o porta-voz Valdson Batista.

A campanha que começa amanhã se estenderá até o dia 4 de agosto e a corporação receberá denúncia de uso de cerol pelos telefones 153.

Acidentes com cerol

Segundo dados da Prefeitura de Goiânia, de 2010 até 2016 foram registradas sete mortes. Além disso, mais de 50 pessoas ficaram feridas nesse mesmo período por conta do cerol. A morte mais recente foi a de Francisco de Assis Pereira, de 60 anos. Ele morreu em 2015, atingido pelo artefato na BR-153, próximo à Vila Redenção.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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