Turquia constrói muro para barrar afegãos que fogem do Talibã

Com a tomada do poder da cidade de Cabul pelo Talibã, milhares de afegãos tem procurado alternativas para fugir do grupo extremista. A construção de um enorme muro na fronteira entre a Turquia e o Irã foi registrado impedindo a entrada dos imigrantes no país.

Peças de roupas, garrafas e marcas de passos são vestígios encontrados pelo novo muro. Na Europa, o cenário desperta um temor de uma nova onde migratória, similar à de 2015, quando milhões de pessoas fugiram do continente devido a conflitos no Oriente Médio, passando pela Turquia.

Imigrantes que conseguem atravessar a fronteira se esconde durante o dia e caminham durante à noite, indo para metrópoles turcas como Istambul ou, em alguns casos, para outras cidades da Europa.

Até o momento, a ONU (Organização das Nações Unidas) não registrou nenhum movimento migratório em fronteiras afegãs, e o número de chegada na Europa apresenta uma queda de quase 40% no primeiro semestre, segundo números da União Europeia.

Entradas Ilegais

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem sido pressionado para endurecer a política migratória em meio à crise econômica enfrentada no país. Erdogan prometeu na semana passada ”interromper completamente” as entradas ilegais em território turco.

A construção de 245 km de comprimento, coberto de arame farpado e cercado por fossos, tem acelerado nos últimos dias. Já foram construídos 156 quilômetros na fronteia com o Irã e as patrulhas na região estão sendo reforçadas.

De acordo com dados oficiais, a Turquia abriga 120 mil refugiados afegãos e quase 300 mil imigrantes afegãos em situação irregular. O porta-voz na Turquia do Acnur, disse que o Irã, país entre Afeganistão e Turquia, absorvia até agora boa parte dos migrantes afegãos.

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CNU: Decisão judicial reintegra 32 mil candidatos

O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”, sofreu significativas alterações após uma decisão judicial que reintegrou mais de 32 mil candidatos anteriormente eliminados. Essa medida veio em resposta a uma ação judicial que questionou a clareza das regras de identificação dos cadernos de provas.
 
Os candidatos reintegrados, que totalizam 32.260, foram informados por e-mail, WhatsApp e na área do candidato no site oficial do concurso. Esses candidatos haviam sido eliminados por não preencherem corretamente os campos de identificação no cartão de respostas, especificamente a “bolinha” com o número do caderno e a frase de segurança na capa.

Novo cronograma

Com a reintegração, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a Fundação Cesgranrio divulgaram um novo cronograma. Os candidatos regulares devem enviar a documentação comprobatória para a prova de títulos até 4 de dezembro de 2024, enquanto os candidatos reintegrados têm até 5 de dezembro de 2024, com a exigência de que os títulos tenham sido obtidos até outubro.
 
  • 25 de novembro de 2024: Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos reintegrados.
  • 4 e 5 de dezembro de 2024: Envio de títulos.
  • 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025: Análise de títulos.
  • 9 de dezembro de 2024: Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações.
  • 9 e 10 de dezembro de 2024: Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 20 de dezembro de 2024: Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 23 de dezembro de 2024: Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros.
  • 6 a 10 de janeiro de 2025: Perícia médica dos candidatos que se declararem com deficiência.
  • 11 e 12 de janeiro de 2025: Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas.
  • 15 de janeiro de 2025: Resultado preliminar da avaliação de títulos.
  • 15 e 16 de janeiro de 2025: Prazo para interposição de recursos sobre a avaliação de títulos.
  • 11 de fevereiro de 2025: Divulgação do resultado final.

Impacto da reintegração

A decisão judicial também contemplou a ampliação do número de correções para candidatos cotistas, equiparando-o ao da ampla concorrência, conforme a Instrução Normativa nº 23. Isso significa que mais candidatos pelas cotas raciais terão suas provas discursivas corrigidas.
 
A prova de títulos, que tem caráter classificatório, serve para ajustar a posição dos candidatos no ranking final, sem desclassificar os participantes que não apresentarem títulos. Os critérios de pontuação estão limitados a 10 pontos.
 
O CNU, que bateu o recorde como o maior concurso público já realizado com 2,14 milhões de inscritos, registrou uma abstenção histórica de 54,12% nos dois turnos de provas. O estado do Ceará teve o maior número de candidatos inscritos que não compareceram, com 59,65% de faltosos.

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