O médium João Texeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi preso novamente nesta quinta-feira (26), em Anápolis. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público (MP-GO) e decretado pela Justiça de Goiás. De acordo com o órgão, a prisão acontece após a 15ª denúncia contra o religioso pela prática de crimes sexuais.
Os casos ocorreram entre 1986 e 2017 na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. As vítimas são de vários Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.
Segundo o Ministério Público, o pedido de prisão foi feito pelo fato das vítimas se sentirem inseguras com o criminoso cumprindo pena em regime domiciliar. A denúncia foi feita pelo promotor Luciano Miranda Meireles, responsável por coordenar a força tarefa montada pelo MP no fim de 2018 que apurou os crimes cometidos por João de Deus.
Ele já esteve detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região Metropolitana da capital, entre dezembro de 2018 e março de 2020, mas, por causa da pandemia do Covid-19, ele foi autorizado a ficar em prisão domiciliar.
Reelembre os casos
As denúncia contra o médium foram feitas em 8 de dezembro de 2018, quando quatro mulheres afirmaram no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, terem sido abusadas por João de Deus. Após isso, milhares de vítimas passaram a denunciar os crimes cometidos pelo religioso.
João de Deus foi condenado por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019; por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019; por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, em janeiro de 2020; por violação sexual mediante fraude, a dois anos e meio de reclusão, que podem ser cumpridos em regime aberto, em maio de 2021.