O professor de história Pedro Olímpio Júnior gravou um pedido de desculpas após uma filmagem em que ele aparece falando em “fuzilar” alunos do 4º ano do ensino fundamental ser divulgada na web. Segundo o profissional, a situação aconteceu em maio deste ano durante uma aula online em Anápolis.
“Estou gravando esse vídeo para fazer um pedido de desculpas. […] a todos os pais e mães do colégio Villa Galileu. […] Por causa de uma fala totalmente irresponsável, antiética, antiprofissional, totalmente reprovável”, disse.
Na gravação da aula que circulou pela internet, Pedro aparece dizendo: “O que eu faço com o 4º ano B? Trago uma metralhadora e fuzilo vocês tudo? Fazer uma chacina. […] A ‘chatura’ é tanta que nem morrer não morre”, disse.
Já no vídeo em que pede desculpas, o profissional prefere não repetir as palavras e explica que ficou arrependido do que disse. “Na ocasião, por motivo tolo, mesquinho, me exaltei e falei coisas que eu nunca deveria ter dito perante uma sala de aula, de qualquer idade que fossem os alunos”, afirmou.
O professor também fez questão de dizer que nunca teve qualquer intenção de ferir ninguém ou causar qualquer transtorno à escola, aos pais e aos estudantes. Pedro contou que é uma pessoa pacífica e totalmente contra qualquer tipo de violência.
“Por mais reprovável que tenha sido a fala, quero que todos os pais fiquem bem cientes que nunca houve qualquer possibilidade daquela frase se transformar em um ato real. […] Jamais passou pela minha cabeça, jamais cogitei fazer algum tipo de mal”, garantiu.
Ainda no vídeo, o professor lembra que escolheu a profissão ainda cedo, que tem orgulho de lecionar e que sua atitude na aula de maio que foi divulgada não condiz com quem ele é como pessoa e profissional.
“Me considero realizado profissionalmente e estou muito chateado por ter feito algo tão reprovável. […] Pedi desligamento do colégio e espero que um dia possam me perdoar por essa ação que não condiz com a minha vida, minha prática cotidiana, mas infelizmente foi feita, estou aqui para me redimir. Peço perdão, peço desculpas, espero que possam aceitá-las”, concluiu.
A delegada responsável pela investigação, Kênia Segantini, disse que o professor deve ser ouvido formalmente esta semana. Ainda de acordo com ela, nenhum responsável por nenhum dos alunos da turma que ouviu a frase do professor havia procurado a delegacia até a manhã desta segunda-feira (30).
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