Caiado defende que presos devem pagar por tornozeleira em Goiás

Para reduzir os gastos mensais das unidades, DGAP cobrará tornozeleira eletrônica dos detentos.

Nesta terça-feira (31), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enviou a Assembleia Legislativa um projeto de lei que pede a cobrança do uso de tornozeleira por parte do preso ou apenado no sistema prisional do Estado. O recurso tem como objetivo reduzir os gastos e manutenção do equipamento, visto que o Estado arca com o custo de má utilização e sofre com o aumento da demanda.

Segundo o O Popular, o documento esclarece que, para atender a atual demanda, é necessário a utilização de no mínimo 10.000 tornozeleiras e que a medida proposta, além de contribuir com a redução dos custos, possibilitará a ampliação da política de monitoração eletrônica em Goiás. A proposta foi elaborada em conjunto a Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária e pela Secretaria do Estado de Casa Civil.

De acordo com dados da Diretora-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), há o monitoramento de 4.602 presos em Goiás, cujo custo anual é de quase R$ 13 milhões, nos termos realizados no ano de 2018.

Se utilizado de forma incorreta, o equipamento pode acarreta sérios prejuízos ao Estado. O reparo do dano custa em torno de R$ 245,00 por mês, sendo que em alguns casos, o próprio preso tem a devida condição de arcar com custos operacionais do dispositivo e do carregador de energia.

Atualmente, a lei autoriza o uso do monitoramento eletrônico para os indivíduos que cumprem pena em regime semiaberto para saída temporária da prisão, sem vigilância direta, mediante autorização do juízo da execução penal. Na proposta enviada à Assembleia, o texto reforça que ”nenhum dispositivo normativo da Lei de Execução Penal estabelece que os estados tenham de arcar com os custos de equipamentos utilizados pelos apenados ou pelos presos”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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