São Simão: TJ manda soltar prefeito acusado de assédio sexual

O Tribunal de Justiça de Goiás mandou soltar o prefeito afastado de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), nesta quinta-feira (2). O prefeito afastado estava preso desde o dia 28 de julho, acusado de importunação sexual e de divulgar pornografia envolvendo criança ou adolescente. Assis está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia.

O Tribunal de Justiça julgou um pedido de habeas corpus e, por unanimidade, decidiu que o denunciado responda o processo em liberdade. O advogado Edmundo Dias informou que o prefeito se diz inocente das acusações.

Segundo o G1, que teve acesso as regras que o prefeito deve cumprir enquanto estiver respondendo o processo em liberdade, ele deve:

  • Comparecer perante autoridade, a todos os atos judiciais para quais for intimado;
  • Comparecer mensalmente ao juízo processante, para informar e justificar suas atividades;
  • Informar seu endereço e não mudar de residência sem comunicar a autoridade processante;
  • Não ausentar-se da comarca em que reside, por mais de sete dias, sem prévia autorização judicial;
  • Manter-se recolhido em casa no período noturno e nos finais de semana, a partir das 22 horas.
  • Não manter qualquer tipo de aproximação da vítima ou de seus familiares, por qualquer meio físico ou virtual.

Denúncias 

Francisco foi denunciado pelo Ministério Publico de Goiás por importunação sexual contra duas vítimas, mas o processo corre em segredo de justiça, as identidades das vítimas não foram divulgadas. Outras cinco pessoas acusaram o prefeito em depoimento, mas os crimes já tinham expirado, e por isso, o prefeito não pode responder por eles.

Entre as pessoas que denunciaram o prefeito, está a mãe de uma adolescente de 15 anos, a mãe do adolescente conto que o prefeito fez várias videochamadas com o filho e em uma delas, Francisco mostrou suas partes intimas. O adolescente que recebeu a videochamada contou que ficou surpreso com a ligação. “Não esperava que ele aparecesse pelado. Depois que nós terminamos a chamada ele falou que queria colocar os trem dele em mim, falou que queria marcar um encontro”.

Além do adolescente, o jornalista Luís Manuel Lima de Araújo, de 30 anos, também procurou o MP e denunciou o prefeito por abuso sexual, quando ele ainda era criança.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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