Militares que comandam estatais acumulam salários e recebem R$ 260 mil

Militares do Exército, Marinha e Aeronáutica estão recebendo salários brutos que variam entre R$ 43 mil a R$ 260 mil, comandado um terço das estatais brasileiras. Os valores estão acima do teto do funcionalismo público federal, de R$ 39,3 mil, que é o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, de 46 estatais com controle direto da União, 15 são presidiais por oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica. A maioria deles estão na reserva, e uma pequena parte está aposentada. E em 15 das 16 estatais há acúmulos de remunerações. O oficial recebe tanto o valor correspondente ao exercício militar quanto a remuneração paga pelo estatal.

Os salários mais expressivos são pagos ao presidente da Petrobras, o general de Exército Joaquim Silva e Luna, que chegou ao cargo em abril deste ano indicado por Jair Bolsonaro.

Silva e Luna, que está em reserva, recebe R$ 32,2 mil brutos. Na Petrobras, conforme formulário de referência divulgado pela estatal, a remuneração média mensal chega a R$ 228,2 mil, levando em consideração ganhos fixos e variáveis referentes ao ano de 2020.

Na prática, os ganhos fixos representam uma remuneração mensal de R$ 83 mil ao presidente da estatal. Os variáveis ficam para o fim do ano.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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