Navio graneleiro encalha no Canal de Suez

Um navio graneleiro encalhou nesta quinta-feira (9) no Canal de Suez, uma mas passagens mais importantes para o comercio mundial, localizado no Egito. Segundo informações da Autoridade do Canal de Suez, o graneleiro ficou parcialmente preso na sessão norte da passagem, mas foi reflutuado e não provou impacto no tráfego.

Segundo a SCA, a embarcação sofreu um problema temporário quando atravessava o canal, mas os navios que estavam atrás da embarcação foram desviados por um canal paralelo para que o transito não fosse interrompido. O navio “Coral Crystal” tem bandeira panamenha e está transportando uma carga de 43 mil toneladas, a embarcação está a caminho do mar mediterrâneo.

Em março deste ano o  megacargueiro “Ever Given” bloqueou completamente o Canal de Suez por seis dias e causou um grande congestionamento de centenas de navios dos dois lados da passagem, o cargueiro encalhou na região sul do Canal de Suez, onde não há uma passagem paralela, o que acabou bloqueando completamente o tráfego.

Importância do Canal de Suez 

O Canal de Suez possui 193 km de extensão e é a principal e mais curta ligação marítima entre o continente Asiático e Europeu, por onde passam cerca de 12% do comercio global. Uma outra alternativa é dar a volta por todo continente Africano, pelo Cabo da Boa Esperança, fazendo com que o trajeto entre os portos do Golfo e Londres tenha o dobro de distância adicionando de uma a duas semanas à viagem.

Por dia, passam pelo canal, cerca de 50 navios, o que representa quase um terço do tráfego mundial de navios contêineres, a rota também concentra grande parte do petróleo transportado pelo mar. O Canal foi inaugurado em 1869, para ligar o Mar Vermelho ao Mediterrâneo e é uma das rotas marítimas mais utilizados do mundo, com capacidade para receber navios gigantes de até 240 mil toneladas.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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