O juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia, condenou Rafael Lima da Costa a cumprir a pena em regime fechado, pelo latrocínio e ocultação do cadáver da turista japonesa Hidomi Akamatsu.
Ela foi encontrada morta em uma cachoeira nas proximidades da Casa Dom Inácio, que era presidida pelo médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. Rafael não terá direito a responder em liberdade.
De acordo com a denúncia, no dia 10 de novembro de 2020, por volta das 13 horas, no local do crime , Rafael, com a intenção de roubar, teria matado a turista e ocultado seu cadáver. Ele teria a encontrado na cachoeira, quando roubou um colchonete, uma saia, uma bermuda, uma calcinha, uma blusa e uma blusa de frio pertencentes a ela.
De acordo com um policial ouvido, a polícia chegou a Rafael ao analisar imagens de câmeras de segurança próximas ao local. Segundo ele, é possível perceber quando a vítima passa e Rafael desce e sobe como se estivesse procurando a vítima para a atacar ou assaltar.
O policial relatou ainda que, também pelas imagens, é possível ver quando Rafael desce com uma vestimenta e alguns minutos depois sobe sem ela e já usando uma muito parecida com a que Hidomi estava levando.
Rafael contou a Polícia Civil que a intenção era roubar para pagar dívidas de droga, só que, como a vítima não tinha nada além da roupa do corpo e um colchonete, ele decidiu matá-la por asfixia. O exame cadavérico, no entanto, concluiu que ela morreu por traumatismo craniano, causado por um objeto sólido.
Rafael teria revelado à delegada ainda que teria estuprado Hidomi, mas isso não pode ser comprovado pela perícia, porque o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, e também não foram localizados vestígios de sêmen ou do DNA de Rafael nas roupas de Hidomi. Ele assumiu o roubo, disse que teria jogado Hidomi na vala ainda desmaiada, mas afirmou não se lembrar do estupro.
Informações: CBN Goiânia