Santo Antônio: Advogada é presa suspeita de roubar carro apreendido pela Justiça

Uma advogada, de 39 anos, e o estágio dela foram presos na quarta-feira (8), suspeitos de roubar um veículo que tinha sido apreendido pela Justiça e levado ao fórum de Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal. Eles foram soltos após uma audiência de custódia realizada na quinta-feira (9).

De acordo com o boletim de ocorrência, o carro havia sido preso sob um mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça por causa de um financiamento bancário. A oficial de Justiça afirma que cumpriu o mandando na casa da dona do veículo e depois o levou até o fórum.

Segundo a Polícia Civil, a dona do veículo deixou que a oficial o levasse e ligou para a advogada para relatar a apreensão. Conforme a ocorrência, a advogada e o estagiário chegaram no fórum pedindo para entrar no local e falar com o juiz sobre a apreensão do carro.

Os dois foram recebidos pelo segurança, que não permitiu a entrada e disse que procuraria alguém para conversar com eles. Porém, a advogada e o estagiário teriam entrado no pátio e, com a chave reserva, o rapaz ligou o carro e saiu. O segurança tentou entrar na frente do veículo para impedir que ele fosse levado. O carro foi localizado pela Polícia Militar pouco tempo depois, sendo guiado pelo estagiário.

Durante o depoimento, o estagiário decidiu ficar calado. Já advogada contou que decidiu buscar carro pois entendeu que o mandado não foi cumprido de forma legal.

O segurança do local contou que, enquanto tentava impedir que o carro fosse levado, ele foi agredido pela advogada com tapas nas costas e arranhões nos braços. A mulher desmentiu o segurança e contou que apenas o puxou pois também havia sido puxada por ele. Além disso, segundo ela, o segurança a trancou dentro do fórum

Em depoimento, a dona do carro contou que foi até o fórum a pedido da advogada e viu o estagiário sair com o veículo enquanto a advogada empurrava o segurança que impedia o carro de sair.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp