Heinz é multada em R$ 50 milhões por poluição em córrego de Nerópolis

Por Felipe Fernandes

Na última quarta-feira (15) o Batalhão da Policia Militar Ambiental junto com equipe da SEMAD, multou em R$ 50 milhões a empresa do gênero alimentício Kraft Heinz, por lançamento irregular de efluentes industriais no córrego Capivara, em Nerópolis. 

As denúncias contra a empresa iniciaram no final de agosto e foram feitas por chacareiros da região. Os moradores alegaram que estavam sentindo um forte odor, além de uma água esbranquiçada escorrendo para dentro do córrego.

Logo após as denúncias, as equipes do Batalhão Rural e da SEMAD foram ao local, mas não acharam nenhuma irregularidade, pois a mangueira do descarte da empresa que estava ligada ao córrego, estava desligada, com isso a SEMAD fez a coleta da agua para análise química, neste laudo foi constatado a poluição e que de fato ocorreu o lançamento irregular de efluentes industriais no referido córrego, infringindo assim o ART. 54 da Lei 9.605/98(Lei dos Crimes Ambientais).

De acordo com o Tenente Coronel Geraldo Pascoal, Comandante do Batalhão Ambiental, além do lavramento do auto de Infração Ambiental, o presidente responsável legal da empresa, foi autuada em flagrante e encaminhado a DEMA, onde foi apresentado a autoridade competente. Foi aberto um processo criminal contra a empresa, que terá direito de recorrer. O processo foi encaminhado para o judiciário.

A secretária da SEMAD, Andréa Vulcanis, conta que a água contaminada já estava chegando até o ponto de captação da Saneago que abastece todo município de Goiânia e região metropolitana, e que a empresa foi chamada a secretaria de Meio Ambiente para realizar as ações necessárias para a recuperação do rio.

A Kraff Heinz encaminhou nota de esclarecimento ao Diário do Estado, veja a nota:

Nota

A Kraft Heinz esclarece que já apresentou os laudos solicitados às autoridades (SEMMAN, SEMAD e DEMA) e todos estavam em conformidade com a legislação ambiental. Tais laudos foram emitidos por laboratório externo independente e acreditado pelo INMETRO e estão disponíveis publicamente para consulta.

Com relação a fiscalização realizada na data de hoje, 15/9, a Kraft Heinz está em contato com os órgãos competentes e se manterá à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.

A Kraft Heinz reforça seu compromisso com o Meio Ambiente e com a população de Nerópolis.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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