Crise hídrica: MP vistoria manancial de abastecimento de Senador Canedo

A equipe do Diário do Estado relatou nesta quinta-feira (16) denúncias de moradores da Vila Santa Matinha, em Senador Canedo, pela falta de abastecimento hídrico no setor. Eles  se reuniram para comprar dois caminhões pipas no valor de R$2.400,00 para abastecer suas casas. O jornal foi chamado para ouvir esses moradores que estão há mais de uma semana sem água.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) vistoriou ainda ontem a captação do Rio Bonsucesso,
principal manancial de abastecimento municipal. O rio teve seu volume aumentado em 20 vezes dentro do plano emergencial, conforme esclarecido à promotora de Justiça Marta Moriya Loyola durante a visita.
A promotora, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo, também esteve na área do reservatório de 1 milhão de litros d’água que colapsou. Ficou definido que será entregue novo reservatório em quatro meses. A obra integra o Consórcio Sul, por meio do qual se pretende aumentar a distribuição, com o objetivo de atender 20 mil novas unidades consumidoras e um passivo existente na região.
Conforme pondera a promotora, embora venham ocorrendo falhas pontuais, o Plano Emergencial está sendo executado e a previsão de sua conclusão é em 30 de outubro. “Todos esses problemas estruturais são complexos e têm de ser resolvidos mediante planejamento. Assim, fizemos o diagnóstico e temos de cumprir etapas, sob pena de dar uma solução apenas pontual, de curto prazo, que pode acabar agravando ou perpetuando o problema”, esclareceu, Marta Moriya.
Problemas de interrupção de água podem ser comunicados ao MP
A promotora destaca ainda que problemas de interrupção de água podem ser comunicados ao Ministério Público. Além da apresentação de denúncia por meio do MP Cidadão (acesso por este link), as reclamações podem ser enviadas para o WhatsApp da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo: (62) 3512-8907.
Texto: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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