Detentos vão pagar gastos de Tornozeleira Eletrônica

De autoria do deputado estadual Vinicius Cirqueira (Pros), o projeto de lei para que presos arquem com as despesas das tornozeleiras eletrônicas, foi aprovado de forma definitiva na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Ao todo, 21 deputados estaduais votaram a favor do projeto, apenas o deputado Antônio Gomide (PT), votou contra.

Segundo o texto: “o acusado, preso ou condenado que tiver deferida a utilização de equipamento de monitoração eletrônica deverá arcar com as suas despesas, inclusive, referentes à manutenção do referido equipamento”.

Além de pagar pela manutenção, o detento também ficará responsável de arcar com custos caso a tornozeleira seja danificada ou violada. “Estado gasta uma fábula de dinheiro para manter essas pessoas encarceradas. Bandido já deu prejuízo demais à população”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, que apoiou o projeto.

A previsão é para que a lei seja sancionada até o final de setembro.

Pagamento

De acordo com o tenente-coronel Franz Rasmussen, Diretor-geral da Administração Penitenciária (DGAP), o pagamento pelo uso da tornozeleira é uma forma de compensar de forma financeira o Estado e pode ser feito por boleto ou na sede da penitenciaria.

“O detento em regime aberto ou semiaberto deverá emitir o boleto para o pagamento pelo site, ou presencialmente na sede da Diretoria de Administração Penitenciária”, explica Rasmussen.

Atualmente, são 4,8 mil tornozeleira ativas em Goiás. Após sancionada a lei, o preso que não pagar pelo seu equipamento, terá seu nome inscrito na divida ativa. “O projeto estabelece que a cobrança não será feita aos presos com insuficiência de recursos, aqueles que são beneficiários da assistência judiciária gratuita”, ressaltou Rasmussen.

 

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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