Aparecida: Pai e madrasta são presos acusados de espancar criança

Pai e madrasta de uma criança de quatro anos foram presos suspeitos de espancar uma criança de quatro anos que, por razões dos ferimentos, precisou ser hospitalizada. Além de hematomas, ela teve um dos braços quebrados. Segundo o Conselho Tutelar, a menina perdeu a mãe a quatro meses para a Covid-19.

O caso aconteceu em Aparecida de Goiânia. A denúncia da agressão foi feita na última quarta-feira (16), pelo próprio pai da criança, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Na ocasião, ele acusou a madrasta de ter agredido a criança, enquanto a mesma afirmou que ele era o autor, ambos foram presos.

A TV Anhaguera, a delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho, contou que testemunhas estão sendo ouvidas.

“A DPCA vai apurar as circunstancias desse delito, seja através de diligências, ouvindo testemunhas, […] qualquer um que possa contribuir para a elucidação. As investigações vão individualizar a conduta de cada um: pai e madrasta”, disse a delegada

Hematomas por todo o corpo

Após a denúncia, a Polícia Civil foi até o local onde a criança morava e a submeteu a uma exame médico. No atendimento, o médico concluiu que a menina precisaria ficar internada. Ela foi encaminhada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.

De acordo com o Conselho Tutelar, a criança tinha machucados por todo o corpo, novos e antigos. Em razão a uma fratura no braço direito, a menina precisou passar por cirurgia.

A criança está sendo acompanhada no hospital pelo Conselho Tutelar, enquanto alguém da família materna apareça para acolhê-la. Segundo o órgão, apesar dos ferimentos, a menina tem boas condições físicas.

“Se não identificarmos ninguém da família que possa oferecer uma segurança para a criança, a nossa medida será o acolhimento institucional para que a juíza determine alguém da família e tome as medidas cabíveis para frente. É claro que ela vai passar por atendimento psicológico de agora para frente”, disse a profissional do Conselho, Élita Arantes, ao portal G1.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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