Vídeo: Bolsonaro volta a defender o ”tratamento precoce” na ONU

Fazendo a abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro passou vexame ao defender o uso de tratamentos precoces contra a covid-19. A utilização de medicamentos não comprovada cientificamente como um tratamento para o novo coronavírus.

O chefe do executivo disse ainda que o ”tratamento precoce” foi uma orientação do Conselho Federal de Medicina do Brasil e que ele mesmo aderiu ao tratamento, quando foi diagnosticado com Covid-19 no ano passado.

Bolsonaro assumiu que, desde o começo da pandemia, vem apoiando a disseminação do tratamento ineficaz contra o novo coronavírus, rejeitado em todo o mundo. Segundo o mandatário, é uma forma de “incentivar a autonomia dos médicos na busca pelo tratamento precoce”.

“Apoiamos a vacinação, contudo, nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina”, disse ainda.

A beira do socialismo

Bolsonaro começou seu discurso dizendo que o Brasil está há ”dois anos e meio sem corrupção”. Afirmou ainda que o país tem ”um presidente que acredita em Deus, respeita a constituição” e que ”é muito” porque ”estávamos a beira do socialismo”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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