Queiroga cumprirá quarentena em hotel com diárias de R$ 10 mil

Participando da comitiva de Bolsonaro em Nova York, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para Covid-19 e terá que passar 14 dias de quarentena nos EUA.

Ele é o segundo integrante da comitiva do presidente a ser diagnosticado com Covid-19. Bolsonaro está na cidade para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU, onde discursou na manhã de ontem (21).

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que os demais integrantes da comitiva foram submetidos a testes e todos resultaram negativo. Segundo ela, Queiroga passa bem.

Hotel caro

A comitiva brasileira está hospedada em um dos hotéis mais caros de Nova York, o Intercontinental Barclay. Os quartos mais baratos estão disponíveis por R$ 6 mil e o mais caro custa R$ 10 mil a diária.

De acordo com o Estado de Minas, contando as 13 noites que Queiroga ficará no local, caso obtenha pela opção mais barata, o custo será um pouco mais de R$ 29 mil na cotação atual. Caso deseje pelo mais caro, o curso ficará em torno de R$ 44,5 mil na conversão. Ressalta-se que o ministro não pode deixar o quarto e deve receber alimentos em seu dormitório, o que aumentara o custo ainda mais.

O ministro, de 55 anos, está assintomático e vacinado com as duas doses da vacina contra o coronavírus.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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