Incêndio na Chapada dos Veadeiros pode ter sido criminoso

Ontem (23), a Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Alto Paraíso e da 11ª Delegacia Regional de Formosa acompanhou uma perícia criminal realizada no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, para investigar se os incêndios na região são criminosos. Há mais de 10 dias, o parque está em chamas, ao menos nove focos de incêndio foram identificados e já foram queimados mais de 23 mil hectares de área.

 

Equipes da polícia civil investigam vegetação queimada / Foto: divulgação PC

 

Nesta pericia, a Policia Civil abriu 5 inquéritos policiais para identificar as causas dos incêndios, três dos inquéritos já possuem autoria e motivos do ato.

Três inquéritos já tem autoria

Três inquéritos já possuem autoria e materialidade definidas. O principal é relativo ao incêndio causado em uma fazenda, onde uma perícia foi realizada. O fazendeiro estava desmatando o local e fez ”leiras”, juntando restos de vegetais onde foi ateado o fogo que saiu do controle. Neste caso, o fazendeiro será autuado pelo crime de incolumidade pública e crime ambiental. As chamas foram flagradas pelos policiais civis ainda acessas e se espalhou por uma mata nativa, queimando cerca de 10 mil hectares.

O incêndio queimou cerca de 10 mil hectares/ Foto: Divulgação/PC

Fogo em lixão

Outro foco foi causado por um jovem que ateou fogo em um lixão no distrito de São Jorge. Testemunhas presenciaram a ação e foram ouvidas pela polícia. Ele será indiciado por crime contra incolumidade pública. Neste caso, o incêndio foi controlado e não atingiu matas próximas.

O terceiro caso foi de uma pessoa que estava cortando um material e uma fagulha deu início ao fogo, de forma culposa. Nos outros dois casos, os crimes se demostraram doloso. Todos os inquéritos contam com oitiva dos autores, testemunhas e laudo de perícia indireta.

O incêndio causado pelo jovem conseguiu ser controlado. Foto: Divulgação/PC

Fazenda Cascata

Nesta quinta-feira (23), equipes da Polícia Civil acompanharam a perícia em um local onde foi constatado que focos de incêndio saíram de lá. A informação foi confirmada por dados de satélite, cuja precisão da zona de calor é de 4 a 5 metros. O proprietário da fazendo foi interrogado e alegou que o fogo veio do cerrado, o que caiu em contradição com a verificação na perícia.

A chapada do veadeiros já teve mais de 23 mil hectares queimados. Fotos: Divulgação/PC

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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