Bolsonaro anuncia aumento do diesel e afirma: ”Não posso fazer milagre”

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Durante um discurso para apoiadores no Palácio da Alvorada nesta segunda (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que em breve o país terá um novo reajuste no preço do diesel. Ele afirmou que, embora a população esteja insatisfeita com os aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis, ele não consegue ”fazer milagres”.

“Pessoal está insatisfeito? Está. Inclusive estamos há três meses sem reajustar o diesel. Vai ter um reajuste daqui a pouco. Não vai demorar. Agora, não posso fazer milagre”, declarou Bolsonaro. O último reajuste sofrido pelo diesel ocorreu no dia 5 de julho, e não há três meses como ele alegou.

Aos apoiadores, Bolsonaro disse que ”o problema” no preço dos combustíveis ”não é só aqui mas no mundo todo”. Ele também creditou o preço dos impostos estaduais e lembrou que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o preço da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) seja fixo, por 120 dias, pelo Congresso Nacional.

No final, o atual chefe do executivo destacou que quem estiver ”insatisfeito” com seu governo é ”só mudar na eleição ano que vem”, em alusão ao pleito presidencial de 2022, que poderá reconduzi-lo ao cargo ou eleger um novo mandatário.

Preço dos combustíveis

Em 2021, os combustíveis passaram por uma série de mudanças e, em alguns estados, chegou a passar dos R$ 7 reais o litro. Em meios as críticas, o presidente Jair Bolsonaro tentou se isentar e atribuiu o valor do aumento ao ICMS, que é um imposto estadual, e chegou a culpar a ganância de governadores.

Em coletiva de imprensa, o diretor-executivo de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, alertou para o fato de que a companhia pode elevar os preços dos combustíveis em suas refinarias. Segundo informou, os valores são defasados de acordo com o mercado internacional.

A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calcula que haja uma defasagem de 14% no diesel e de 10% na gasolina, segundo dados de fechamento da última sexta-feira (24).

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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